terça-feira, 30 de junho de 2009

Até os palhaços choram




Saber respeitar, mesmo quando não for bom pra você. Aprendi isso, digamos que tarde demais, mas aprendi. E essa lição veio levando grande parte de mim. Como se fosse uma cobrança pelo aprendizado! A vida é assim, dá muito, tira muito. Mas será que não poderíamos escolher o que perder? Daria tudo, menos o que a vida me levou. Eu poderia perder o caráter em troca do aprendizado. Perder a compaixão a auto-estima, sei lá. Mas ta, hoje sou outra pessoa, aprendi, e quero viver. Sei que viverei com um arrependimento nas minhas costas. Mas esse deve ser mais um preço a se pagar. Quanta coisa se paga para aprender a respeitar... Hoje minha vida se resume a minha pessoa, que nem está completa, com tamanha perda!






Se minha vontade de chorar se transformasse em força, seria a pessoa mais forte do mundo. Se meu arrependimento se transformasse em paz, não estaria escrevendo isto aqui. Se o meu amor bastasse, você não estaria tão longe de mim. Se não tivéssemos perdido tanto tempo em brigas inúteis, tão inúteis que ao final delas, nem lembrávamos por que estávamos brigando. Se eu tivesse te escutado mais. Se eu tivesse sido mais eu e menos meu orgulho. Se... Se... Se... Meu Deus, será que não podemos nos arrepender e voltar no tempo? Mas, aprendi, isso ninguém pode negar. Penso que aprendi tarde demais, e isso, por incrível que pareça, me é um consolo, já que sempre me falam, que nunca é tarde demais. Espero usar com você, o que eu só aprendi com você. Hoje eu sou muito mais você do que eu mesmo. Você abriu meus olhos, e hoje com os olhos abertos consigo enxergar, o tanto que desperdicei. Posso dizer depois de tanta coisa, que valorizo muito minha visão, e você sabe disso, e mesmo dando tanta importância pra ela, preferiria que a vida me deixasse você ao invés dela.
R.A.R.A.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Despedida



Devemos aceitar a partida, não tentar entende-la. Não devemos tentar entender os porquês. Numa partida perdemos muito, eu sei, mas não devemos nos focar nos pontos negativos, que só são levados em conta quando perdemos alguém querido. A partida é envolta de inúmeros acontecimentos, dizeres proféticos, conselhos amáveis, presentes antecipados e etc. Então a família fica mais pobre, é verdade, mais pobre de alegria, conversas divertidas, conselhos amorosos. Perdemos o maior integrador da nossa família. Era o que mais gostava de ver todos juntos, festas sempre cheias, viraram marca de seus aniversários. Formou uma família linda e unida, todos com características especificas mas comum num doce jeito de falar, tranqüilidade na voz, que ao meu ver era impossível se manter estressado do lado de qualquer um deles.



O Esporte Clube Bahia, sua grande paixão, era quase sempre assunto inicial. Prontidão, amizade, companheirismo e paciência sãos os adjetivos que, pra mim fazem a ‘cara’ dele. Quem sou eu pra dizer se já era a hora ou não, mas se o senhor já foi, que vá com Deus “amigo velho” (como me chamava). Siga sua estrada, com certeza vais ter muito trabalho pela frente, seria egoísmo de minha parte querer por querer que ficasse aqui conosco. Tristeza vai sempre existir, mas maior que a tristeza, é a felicidade e a sorte de ter vivido e convivido com sua pessoa. Obrigado e boa viagem.
R.A.R.A.